Newswise — ROCHESTER, Minnesota — Uma das cirurgias mais realizadas para tratar a incontinência urinária de esforço em mulheres pode ter melhores resultados a longo prazo do que outra técnica cirúrgica comum, de acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Mayo Clinic.

O estudo retrospectivo de mais de 1.800 casos na Mayo Clinic de 2002 a 2012 constatou que a necessidade de cirurgia adicional foi duas vezes maior após uma cirurgia de "sling" transobturatório em comparação com um procedimento de "sling" retropúbico. As taxas de reoperação em oito anos após a cirurgia foram de 11,2% para pacientes do grupo transobturador, contra 5,2% no grupo retropúbico, segundo o estudo, que será publicado na revista Obstetrics and Gynecology em agosto.

A taxa de falha no procedimento transobturatório foi ainda maior entre as mulheres que tiveram o sling combinado com a correção do prolapso vaginal, diz o Dr. Emanuel Trabuco, uroginecologista da Mayo Clinic.

"Estes resultados sugerem que o procedimento retropúbico tem melhores resultados a longo prazo em comparação com o sling transobturatório", diz o Dr. Trabuco, autor principal do estudo.

A incontinência urinária de esforço, a perda involuntária de urina associada às atividades diárias, como exercícios, e incidentes simples, como tosse ou espirros, é comum em mulheres de meia-idade e podem afetar muito a qualidade de vida. A fisioterapia ou as inserções vaginais são úteis para algumas mulheres, enquanto outras optam por ter reparação cirúrgica. As duas cirurgias mais comuns são o sling retropúbico, que envolve a colocação de um sling de malha sob a uretra e atrás do osso púbico, e o sling transobturatório, que coloca o sling em um ângulo menos agudo, colocando a malha através da área da coxa.

O estudo constatou que ambos os procedimentos eram seguros, com poucas complicações. "Dado que só nos Estados Unidos são realizados 200 mil procedimentos por ano para tratar a incontinência urinária de esforço, os dados deste estudo devem ajudar a orientar discussões informadas com mulheres que estão considerando tratamento cirúrgico, especialmente se a paciente também estiver fazendo reparos de prolapso", diz o Dr. Trabuco, cirurgião especializado em prolapso vaginal e incontinência urinária e fecal em mulheres.

A Food and Drug Administration (FDA) emitiu duas advertências de saúde pública sobre o uso de kits de malha vaginal para o tratamento do prolapso de órgãos pélvicos, o que, segundo o Dr. Trabuco, gerou confusão e ansiedade quanto ao uso de malha para procedimentos, como os slings retropúbicos e transobturatórios. A proibição da FDA não se aplica a slings miduretrais para o tratamento de incontinência urinária.

As taxas extremamente baixas de complicações que necessitaram de reoperação - 3,2% devido a problemas com o esvaziamento da bexiga e 1,9% devido à exposição da malha na vagina - devem tranquilizar os profissionais e pacientes quanto à segurança dos slings miduretrais, segundo o estudo.

Tanto a incontinência urinária quanto a fecal têm sido pouco relatadas na literatura médica por causa de constrangimento ou estigma, diz o Dr. Trabuco. "Esperamos que os resultados deste estudo incentivem as mulheres a conversar com um profissional sobre as opções cirúrgicas e não cirúrgicas para tratar suas condições, o que pode afetar muito as atividades diárias da mulher".

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