Newswise — ROCHESTER, Minnesota — Jim Nemecek estava se sentindo bem no último outono. Ele havia se recuperado de uma cirurgia na coluna feita em 2020 na Mayo Clinic chamada discectomia, e o homem ativo de 69 anos da região de Atlanta estava fazendo o que mais gostava: jogar tênis.

Após fazer um saque, ele teve uma sensação familiar. Ele havia rompido um disco da coluna de novo. Jim ligou para o seu cirurgião para contar o que havia acontecido.

O neurocirurgião da Mayo Clinic Mohamad Bydon, M.D., é especialista em abordagens minimamente invasivas para cirurgias complexas de coluna e fez a primeira discectomia de Jim em 2020, quando ele estava sentindo dores e fraqueza na perna. Desta vez, o Dr. Bydon recomendou começar com tratamentos não cirúrgicos.

“Depois que o Sr. Nemecek veio me ver de novo naquele outono, nós iniciamos a fisioterapia e as injeções, que coordenamos perto da casa dele, na Geórgia”, diz o Dr. Bydon. “Quando as medidas não cirúrgicas deixaram de ser eficazes, nós seguimos para a cirurgia.”

A cirurgia de Jim foi uma descompressão lombar de revisão e discectomia de revisão. O procedimento foi chamado de “revisão” pois foi a segunda vez que a cirurgia foi realizada, o que pode significar riscos adicionais.

“Todos os tipos de cirurgias de revisão podem ser complexos por causa do tecido cicatricial, que pode levar a complicações”, diz o Dr. Bydon. “Normalmente, nós recomendamos que esses pacientes permaneçam no hospital depois da cirurgia para monitoramento.”

Havia outra opção que permitiria a Jim se recuperar fora do hospital, oferecendo a ele um pouco do conforto de casa, porém com acesso imediato à equipe de cuidados em caso de necessidade. A Mayo Clinic acaba de iniciar um programa em Rochester chamado Monitoramento na Charter House, uma colaboração do Mayo Clinic Hospital — Rochester e do programa de Cuidado Domiciliar Avançado da Mayo Clinic, que faz parte do Centro de Saúde Digital da Mayo Clinic.

O novo programa permite que os médicos providenciem para que pacientes internacionais e dos EUA que atendem aos requisitos tenham um pernoite de recuperação na Charter House após o procedimento, em vez de permanecerem no hospital. Os apartamentos de hóspedes da Charter House possuem equipamentos de monitoramento remoto e os pacientes ficam conectados com a equipe de cuidados 24 horas por dia. Dr. Bydon decidiu que o monitoramento na Charter House seria uma boa opção para Jim.

“Jim é uma pessoa ativa, e como fizemos uma cirurgia de revisão, nós queríamos observá-lo de perto para garantir uma boa recuperação pós-operatória”, diz o Dr. Bydon. “O programa oferece uma rede de segurança e fornece a quantidade de cuidados certa para os pacientes certos.”

Jim ficou intrigado com o conceito.

“Minha maior dúvida era como eu iria chegar lá”, ele brinca. “Foi a primeira vez que eu andei de ambulância.”

Após a cirurgia e a recuperação de Jim, ele foi levado de ambulância para a Charter House. A equipe mostrou a Jim o equipamento de segurança e como ele poderia conferir os próprios sinais vitais. Uma enfermeira apertou um botão no equipamento e ele foi conectado imediatamente  através de uma ligação de vídeo com o centro de comando do Cuidado Domiciliar Avançado na Mayo Clinic na Flórida.

“Eu me senti muito seguro em saber que se algo desse errado, eu poderia conseguir ajuda apenas apertando um botão”, diz Jim. “Além disso, eu olho pela janela e há uma Mayo Clinic a 14 metros do meu apartamento.”

Jim não precisou de assistência durante a sua estadia de uma noite, mas ele apertou o botão por acidente uma vez.

“Eu acho que sentei em cima dele ou algo parecido, e de repente eles estavam na tela me perguntando se havia algum problema”, ele diz. “Saber que eu estava sendo monitorado me transmitiu muita segurança.”

O monitoramento pós-procedimento na Charter House libera leitos do hospital para pacientes mais doentes ou com necessidades complexas que precisam de todos os recursos que um hospital oferece, e preenche uma necessidade de um determinado tipo de paciente, diz o Dr. Bydon, que é diretorexecutivo médico de assuntos acadêmicos e das regiões da Europa, Oriente Médio, Índia e África da Mayo Clinic e ocupa a cátedra Charles B. e Ann L. Johnson de Neurocirurgia.

“Isso oferece uma solução para aqueles pacientes que estão muito doentes para ir para casa após a cirurgia, mas não o suficiente para precisarem ficar no hospital”, ele diz. “Com esse programa, nós conseguimos oferecer o cuidado correto, no local correto, para o paciente correto. Como o paciente fica mais confortável, isso ajuda a acelerar a recuperação.”

Jim diz que o apartamento era melhor e mais bonito do que um quarto de hotel. Ele achou que dormiu melhor do que no hospital e tinha mais espaço para se movimentar conforme recomendado pela equipe de cuidados.

“Foi como ter as melhores partes de estar em um hospital sem ter as piores partes de estar em um hospital”, ele diz.

O mesmo conceito foi estabelecido na Mayo Clinic na Flórida, onde o programa foi chamado de Care Hotel: os pacientes têm um pernoite de recuperação em um hotel nas proximidades, também com acesso a uma equipe de cuidados por meio de um equipamento de monitoramento remoto.

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