Newswise — ROCHESTER, Minnesota. — As células-tronco pluripotentes induzidas, o trabalho intenso de muitos projetos médicos regenerativos, começam como células diferenciadas que são reprogramadas para células-tronco pluripotentes por meio da exposição a uma série complexa de coquetéis genéticos. Pesquisadores da Mayo Clinic agora relatam que usando o vetor do vírus do sarampo eles reduziram o processo de multivetor de quatro fatores de reprogramação para um único processo de vetor de “um ciclo”. Eles afirmam que o processo é seguro, estável, mais rápido e pode ser usado para tradução clínica. Os resultados foram publicados em Gene Therapy.

“Se queremos usar com sucesso as células-tronco reprogramadas para tratar pacientes na clínica, precisamos garantir que elas sejam seguras e efetivas; isto é, que não tenham propensão ao risco de mutação e possíveis tumores”, indicou Patricia Devaux, Ph.D., cientista molecular da Mayo Clinic e autora sênior do artigo. “O vetor do vírus do sarampo tem sido usado de forma segura na Mayo para tratar o câncer, portanto, é muito seguro. Agora que combinamos o processo de múltiplos vetores em um, também é eficiente”.

Anteriormente, os quatro fatores de reprogramação (proteínas OCT4, SOX2, KLF4 e cMYC) tinham que ser introduzidos individualmente nas células para induzi-las a mudar de forma correta e, assim, obter o resultado desejado. Isso levou a possíveis células reprogramadas parcialmente, já que nem todas as células receberam os quatro fatores requeridos para a reprogramação. O novo processo da Mayo combina esses fatores dentro do vetor do vírus do sarampo para que o processo ocorra em uma etapa e todas as células-alvo tenham o potencial para se reprogramar. Tem que levar em conta que esse vírus do sarampo é atenuado e que todos os seus aspectos perigosos foram removidos, pois eles estão em uma vacina, e o vírus torna-se um vetor ou portador de outro material genético. Hoje, a cepa da vacina do vírus do sarampo geralmente é usada por ser segura, rápida e ter a capacidade de atacar.

Os pesquisadores afirmam que um sistema de reprogramação clinicamente aplicável e livre de modificações genômicas será muito útil para possibilitar um uso difundido dos tratamentos para a célula-tronco pluripotente induzida. Esses são tratamentos nos quais as próprias células do indivíduo são reprogramadas e podem depois ser usadas para trabalhar com um órgão doente, e, desse modo, evitar o risco de rejeitar a célula.

Outros coautores, do artigo, incluem ao primeiro autor Qi Wang, Alanna Vossen, e Yasuhiro Ikeda, D.V.M., Ph.D., todos da Mayo Clinic. A pesquisa foi patrocinada pelos National Institutes of Health, inclusive o National Institute of Allergy and Infectious Diseases, National Center for Advancing Translational Sciences, Mayo Clinic Graduate School of Biomedical Sciences, e Mayo Clinic Center for Regenerative Medicine.

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