BOLETIM INFORMATIVO
22 de maio de 2018
A descoberta da Mayo ajuda os médicos a personalizar o tratamento de pacientes com câncer no ovário e no cérebro.
Newswise — ROCHESTER, Minn. — Os pesquisadores da Mayo Clinic descobriram que uma via de comunicação molecular – considerada ser deficiente em câncer – é um fator chave na determinação da eficácia do tratamento de câncer oncolítico do virus do sarampo em cânceres do cérebro agressivos e ovarianos. Esta descoberta permitiu que os pesquisadores desenvolvessem um algoritmo para prever a eficácia do tratamento em pacientes com câncer do cérebro e ovariano individuais. As constatações se encontram no Journal of the National Cancer Institute.
“Esta descoberta e o algoritmo nos permitirão personalizar o tratamento de câncer combinando-se os pacientes mais apropriados com terapias do virus oncolítico,” diz a autora sênior Evanthia Galanis, M.D., diretora de medicina molecular no campus de Rochester da Mayo Clinic. “Ademais, saberemos quais podem ser ajudados pela combinação da viroterapia contra o câncer com outras abordagens imunológicas.
Este canal de ativação, conhecido como via de resposta do interferon, foi considerado defeituoso nas células cancerígenas. Não é bem assim, de acordo com a equipe de pesquisa. Realizaram-se testes para assinaturas e variantes genéticas que identificam vias que resistem à eficácia dos tratamentos baseados em vírus que a Mayo Clinic vem desenvolvendo há muito tempo.
Os pesquisadores testaram seu algoritmo em tumores ovarianos e cerebrais humanos transplantados em camundongos e pacientes em ensaios clínicos de fase única. O que os mesmos constataram é uma assinatura genética ponderada que pode prever a sensibilidade e a resistência do tratamento. Pesquisas subsequentes também mostraram que o reaproveitamento de ruxolitinibe, um fármaco aprovado para tratar distúrbios sanguíneos malignos, teve a capacidade de superar a resistência. Este fármaco, que tem como alvo a via de resposta ao interferon, permite que a viroterapia do sarampo aumente a eficácia por um fator de 1.000.
Os pesquisadores dizem que essas constatações ajudarão a selecionar pacientes para testes clínicos que envolvem os vírus oncolíticos e definir como esses vírus são projetados e usados em medicina, incluindo o desenvolvimento de terapias de combinação eficazes.
A pesquisa foi financiada pelo National Institutes of Health, e pela Richard M. Schulze Family Foundation.
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