Newswise — CHICAGO — O maior estudo randomizado envolvendo mieloma múltiplo latente sugere que a lenalidomida, uma droga contra o câncer, pode retardar o início dos sintomas do mieloma, de acordo com pesquisadores da Mayo Clinic. O estudo foi conduzido pelo Grupo de Oncologia Cooperativa Oriental e financiado pelo Instituto Nacional do Câncer. 

As descobertas, que serão apresentadas no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago, estão alinhadas com um estudo menor em 2015 por pesquisadores na Espanha. "Em conjunto com os dados espanhóis, este estudo pode apoiar uma mudança na prática clínica", diz o estudo. 

"Atualmente, o padrão de tratamento para mieloma múltiplo latente é observação sem terapia", diz S. Vincent Rajkumar, Doutor em Medicina, um hematologista da Mayo Clinic e autor sênior do estudo. "Descobrimos que o tratamento do mieloma latente atrasa a progressão para mieloma sintomático e pode prevenir danos aos órgãos que ocorrem no mieloma múltiplo." 

O estudo contou com 182 pacientes, 92 dos quais receberam a droga, que é conhecida pela marca Revlimid. Os outros 90 pacientes não receberam a droga, mas foram observados, como é prática comum. Quase metade dos pacientes que receberam a droga respondeu à terapia e nenhuma mudança foi relatada entre os pacientes observados. 

Eventos adversos sérios ocorreram em 28% dos pacientes com lenalidomida, mas o Dr. Rajkumar diz que esses eventos foram considerados administráveis. 

Os resultados, em combinação com as descobertas do estudo espanhol de 2015, apoiam uma mudança no padrão de tratamento para pacientes de alto risco e risco intermitente de mieloma latente, disse o Dr. Rajkumar. 

"Nós mostramos que é possível retardar a progressão para mieloma múltiplo, um câncer grave com morbidade significativa, por terapia precoce administrada quando a doença ainda é assintomática", ele diz. 

O estudo espanhol envolveu duas drogas - lenalidomida e dexametasona, um esteróide - e não ficou claro se o efeito benéfico foi devido às drogas de forma independente ou em combinação. O presente estudo, que está sob revisão para publicação e envolveu pesquisadores de todo os EUA, mostra que a lenalidomida sozinha tem um efeito semelhante de retardar a progressão da doença. Sagar Lonial, Doutor em Medicina, do Instituto de Câncer Winship, da Universidade Emory, é o principal autor do estudo. 

O 55º encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, que aconteceu de 31 de maio a 4 de junho, é a maior reunião de clínicos internacionais oncológicos, funcionários e pesquisadores. 

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