Newswise — ROCHESTER, Minnesota — Quando um paciente submetido a uma cirurgia de revascularização do miocárdio precisa de uma segunda cirurgia devido à recorrência de dores no peito, é muito comum a realização de uma Intervenção Coronária Percutânea (ICP), também conhecida como angioplastia coronária com stents.

Segundo um estudo publicado em setembro na Mayo Clinic Proceedings, uma opção ainda melhor pode ser repetir a operação de revascularização do miocárdio. O estudo de coorte, baseado nos registros de saúde de 1.612 pacientes da Mayo Clinic de 2000 a 2013, descobriu que a sobrevivência geral aumentava com a repetição da cirurgia de revascularização do miocárdio, em comparação com pacientes submetidos a uma intervenção coronária percutânea.

A sobrevivência de longo prazo aumentou, principalmente em contraste com a intervenção coronária percutânea realizada após uma cirurgia de revascularização.

A cirurgia de revascularização do miocárdio redireciona o sangue de uma artéria total ou parcialmente bloqueada do coração para melhorar a circulação sanguínea. O procedimento utiliza um vaso sanguíneo saudável da perna, do braço ou do tórax do paciente, enxertando-o além das artérias bloqueadas no coração. A intervenção coronária percutânea é um procedimento realizado para abrir artérias bloqueadas, geralmente por meio da colocação de um tubo metálico em forma de malha chamado de stent. Alguns stents são revestidos com medicamentos para ajudar a manter o vaso sanguíneo aberto.

A maioria dos estudos anteriores observou uma sobrevivência de longo prazo similar com a cirurgia de revascularização do miocárdio comparada com a intervenção coronária percutânea. O estudo da Mayo Clinic descobriu que a sobrevivência a 10 anos no caso da cirurgia de revascularização do miocárdio repetida refletia uma melhoria absoluta de 15 % em relação aos pacientes correlacionados que foram submetidos à intervenção coronária percutânea.

Os achados são clinicamente significativos porque, muitas vezes, não se considera uma repetição da cirurgia de revascularização do miocárdio, disse Chaim Locker, M.D., cirurgião cardiovascular da Mayo Clinic e principal investigador do estudo. "Atualmente, a ICP é considerada por muitos como a primeira opção para pacientes que precisam repetir a cirurgia após uma anterior revascularização do miocárdio", explicou o Dr. Locker. "No entanto, os nossos dados indicam um benefício claro, em termos de sobrevivência geral, de repetir a revascularização do miocárdio."

O estudo aponta que o número de pacientes que passa por uma revascularização do miocárdio repetida diminuiu drasticamente nos últimos anos. Embora o risco de mortalidade precoce seja mais alto para pacientes que repetem a revascularização do miocárdio, o risco de mortalidade a longo prazo sofreu uma redução de 28 % em relação aos pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea no estudo da Mayo.

"Esse estudo, que utiliza um coorte mais atual de pacientes que os estudos anteriores e compara o uso de técnicas cirúrgicas contemporâneas em vez de stents, revela um benefício claro, em termos de sobrevivência geral, para pacientes que repetem a revascularização do miocárdio", disse o Dr. Locker. "A vantagem em potencial deve ser considerada entre as opções de tratamento após uma cirurgia de revascularização anterior." Isso vale principalmente para pacientes que precisam de tratamento devido a uma revascularização do miocárdio com uma veia safena (perna) doente, ele afirma.

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